Agência de Notícias da Alece lança cartilha especial sobre hidrogênio verde
A Agência de Notícias da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará lança nesta terça-feira (23/05) a cartilha Hidrogênio verde: a energia do futuro. A publicação apresenta uma introdução ao tema do hidrogênio verde no Ceará, com a contextualização do panorama mundial de mudanças climáticas e busca por fontes alternativas e renováveis de energia, o que é o hidrogênio verde e onde ele entra nesse cenário, qual seu potencial e o que significam as cores do hidrogênio. A cartilha faz parte do especial Hidrogênio Verde, que traz ainda uma série de matérias sobre o assunto, que serão publicadas ao longo desta semana. Com conteúdos multimídia e ouvindo autoridades e especialistas na temática hidrogênio verde, a série, composta por três reportagens especiais, mostra a importância de definir uma regulação para o setor, as perspectivas de desenvolvimento econômico e o potencial do Ceará na produção do H2V e os desafios para garantir a concretização dos investimentos. A primeira reportagem especial ressalta a importância de uma regulamentação para o setor, com destaque para iniciativas nos parlamentos estadual e federal, além da realização do debate “Hidrogênio verde: inovação e energia limpa no Ceará”, que acontece na próxima sexta-feira (26/05), no Plenário 13 de Maio. O evento discute as potencialidades do desenvolvimento do hidrogênio verde (H2V) no Estado, além do protagonismo do Nordeste na produção de energias limpas, bem como a importância dessa inovação para o desenvolvimento econômico, social e industrial. A cartilha tem texto de Ana Vitória Marques, edição de Lusiana Freire, revisão de Carmem Ciene. O projeto gráfico e diagramação são de Alessandro Muratore e Alice Penaforte Muratore, com Publicidade de Ticiane Morais. Confira abaixo a cartilha Hidrogênio verde: a energia do futuro. Fonte: https://www.al.ce.gov.br/noticias/agencia-de-noticias-da-alece-lanca-cartilha-especial-sobre-hidrogenio-verde
O desenvolvimento da cadeia produtiva do hidrogênio e as oportunidades para o mercado de trabalho no Brasil
Nivalde de Castro – Professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e Coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (GESEL).Luiza Masseno Leal – Pesquisadora do GESEL e da Instituição de Ciência, Tecnologia e Inovação Rede de Estudos do Setor Elétrico (ICT RESEL).Bruno Elizeu – Pesquisador Júnior do GESEL. Os impactos negativos das mudanças climáticas no mundo se tornam cada vez mais agressivos, determinando de forma crescente perdas materiais, danos ambientais e sociais. Neste contexto, o processo de transição energética ganha relevância na pauta de discussões internacionais e representa oportunidades à construção de novas cadeias produtivas e à obtenção de benefícios econômicos. A partir deste novo paradigma energético renovável, uma das preocupações de países em desenvolvimento, como o Brasil, se refere ao aproveitamento das oportunidades para ampliação das oportunidades de emprego e de trabalho e geração de renda. Segundo o relatório “Renewable Energy and Jobs 2022”, da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA, na sigla em inglês), o emprego mundial em energia renovável cresceu 12 milhões, em 2021 em relação ao ano anterior. No computo total, segundo o mesmo estudo, a Ásia detém quase dois terços de todos os empregos, sendo que a China, sozinha, responde por 42% do total global. Em seguida, a União Europeia e o Brasil possuem uma participação de 10% cada, enquanto os Estados Unidos e a Índia detêm, respectivamente, 7% cada. Além disso, as perspectivas do relatório indicam que, até 2030, em um cenário ambicioso de transição energética com investimentos antecipados, o número de empregos no setor de energia renovável pode aumentar para 139 milhões, incluindo mais de 74 milhões em eficiência energética, veículos elétricos, sistemas de energia/flexibilidade e hidrogênio (H2). No entanto, o grande desafio é que a transição para fontes de energia renovável requer a qualificação e requalificação da mão-de-obra para que os trabalhadores possam se adaptar às mudanças das cadeias produtivas, incluindo o setor de H2. Diante disso, o presente artigo tem como objetivo analisar o panorama geral dos principais eixos e ações para a promoção do desenvolvimento do mercado de trabalho para a economia do H2 verde no Brasil. Um ponto de partida estratégico, é que o Brasil possui vantagens competitivas para o desenvolvimento das cadeias produtivas de hidrogênio verde (H2V) e, por isso, se encontra em uma posição privilegiada para aproveitar as oportunidades de crescimento que surgem no mercado de trabalho para esta indústria nascente. De acordo com o relatório “Hidrogênio Verde: Oportunidades para o Brasil”, elaborado pela Fundação Heinrich Böll Brasil, algumas das oportunidades de trabalho na cadeia produtiva do H2 no país estão relacionadas à criação de projetos para a produção de H2V. Esses projetos envolvem construção, produção e operação de plantas geradoras de energia elétrica renovável, bem como a produção, distribuição e comercialização de H2V. O relatório também aponta que a cadeia produtiva do H2V pode criar empregos em várias regiões do país, contribuindo para a descentralização econômica e redução das desigualdades regionais. Em outro estudo relevante, “Mercado de Hidrogênio Verde e Power-to-X: Demanda por Capacitações Profissionais”, elaborado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), ressalta-se que o Brasil possui um enorme potencial para se destacar como um dos principais produtores e exportadores de H2V do mundo. Para atuar nesse mercado global, todavia, é fundamental que o conjunto de profissionais desta indústria nascente, possuam conhecimentos amplos sobre a estrutura geral do setor energético, seu mercado e arcabouço regulatório, as ferramentas computacionais e a capacidade analítica de dados. Ademais, é essencial que os profissionais adquiriram habilidades e competências específicas, tais como conhecimentos em tecnologias de eletrólise e combustão de H2, segurança em operações e gerenciamento de projetos de infraestrutura de H2. A questão central é a urgência no processo de qualificação de novos profissionais na área, de forma a possibilitar o planejamento geral para o atendimento da demanda das empresas deste novo e promissor mercado. Assim, a capacitação de recursos humanos é uma parte fundamental e estratégica para o desenvolvimento do mercado de H2V, especialmente para o Brasil que tem condições de liderar esta indústria nascente, precisando assim tornar-se protagonista no processo de qualificação. As políticas públicas em desenvolvimento no Brasil, firmadas no Plano Nacional de Energia 2050 (PNE 2050), Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2032) e o Plano Nacional de Hidrogênio (PNH2) objetivam fomentar o uso do H2 como vetor energético, com o intuito de aumentar a competitividade do país no mercado nacional e global de bens e serviços. Neste sentido, o PNE 2050, por exemplo, reconhece a ampliação da matriz energética do país com fontes renováveis como uma oportunidade para o desenvolvimento tecnológico e econômico, incluindo a produção de H2V, recurso energético que irá gradativamente substituir o petróleo com principal commodity energética mundial. O PNH2, por sua vez, inclui ações para o desenvolvimento da capacitação em todas as etapas da cadeia produtiva do H2, desde sua produção até seu uso final, por meio da criação de programas de formação técnica e profissional em parceria com instituições de ensino. Além disso, o plano prevê o estímulo à pesquisa, ao desenvolvimento de novas tecnologias e à promoção de investimentos em infraestrutura, com o objetivo de aumentar a eficiência e a competitividade do setor de H2V no país. No setor dos transportes, o Programa Rota 2030 incentiva a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias mais eficientes e menos poluentes, incluindo o uso de H2 de baixo carbono como combustível para veículos de carga. Deste modo, a capacitação emerge como um meio relevante para impulsionar a inserção do Brasil no novo e promissor mercado energético do H2V. As ações na área são amplas e incluem a capacitação técnica e profissional, a criação de disciplinas e unidades curriculares, a produção de patentes, livros e publicações científicas, além de capacitação no setor público e a promoção de intercâmbio entre o setor público, o setor privado e a Academia no âmbito nacional e internacional. Nestes termos, e a título de conclusão, a transição para uma economia mundial baseada em H2 de baixo carbono, em especial para o H2V, é uma
Investimentos em hidrogênio verde devem movimentar US$ 12 trilhões
Pesquisa aponta que demanda por combustível de baixo carbono em 2050 deverá ser até 5 vezes maior do que a produção atual O hidrogênio verde está se tornando uma oportunidade de alta lucratividade para investimentos focados no desenvolvimento sustentável, aponta um novo estudo do Boston Consulting Group (BCG). Batizado de Building the Green Hydrogen Economy, o estudo indica que diante de um cenário em que governos renovam a sua infraestrutura para garantir a neutralidade de carbono, os investimentos em produção e transporte do insumo devem chegar até US$ 12 trilhões entre 2025 e 2050. O diretor executivo e sócio do BCG, Arthur Ramos, pontua que as metas mundiais de descarbonização estão impulsionando o setor do hidrogênio verde: “O hidrogênio verde sempre foi uma alternativa considerada essencial para atacar segmentos de difícil abatimento da pegada de carbono, como transportes e uso industrial. Agora, diante das metas mundiais de descarbonização, vemos um novo impulso à essa indústria, com países estabelecendo estratégias nacionais para investimento nesse segmento. Entendemos que estes incentivos acelerarão a curva de experiência e ganhos de escala, viabilizando oferta em uma área de altas expectativas para a redução de emissões futuras”. De acordo com o estudo do BCG, em 2021 houve uma demanda global por hidrogênio de cerca de 94 milhões de toneladas. A maior parte desta demanda foi produzida através de fontes fósseis, geralmente gás natural. Porém, no cenário de 2050, a demanda pelo combustível de baixo carbono chegará entre 350 e 530 milhões de toneladas por ano. Para Arthur, há uma urgência em investir em infraestrutura para suprir esta demanda de forma sustentável: “A partir dessa perspectiva, entendemos que os principais investimentos, em adição ao suprimento de energia renovável, devem ser voltados à produção e transporte do hidrogênio verde. Há senso de urgência. Se quisermos atingir as metas do Acordo de Paris, teremos de investir até 2030 algo em torno de US$ 300 a US$ 700 bilhões em infraestrutura”. Brasil pode liderar produção de hidrogênio verde O Brasil é um dos países no mundo que está mais bem preparado para liderar o mercado de hidrogênio verde. Isso porque atualmente 85% da matriz energética no país é de fonte renovável. Além de contar com fatores de elevada competitividade para a produção de energia solar e eólica. Ainda, o Brasil tem um custo competitivo de produção, transporte atrativo para mercado de exportação e potencial para operar em larga escala. Projetos em diversos estados já têm recebido investimentos internacionais para iniciativas de H2 verde, com foco no atendimento ao mercado externo e interno. Porém, o sócio do BCG dedicado a novas fronteiras em energia renovável, Ricardo Pierozzi, chama a atenção para a necessidade de uma atitude imediata: “O Brasil pode se destacar no mercado de hidrogênio verde e almejar um protagonismo em mercados externos, produzindo cerca de 15 milhões de toneladas de H2v e suprindo as necessidades da Europa e Ásia. Mas, para isso, governos e empresas precisam se mover rapidamente”. Fonte: https://www.portalsolar.com.br/noticias/mercado/internacional/investimentos-em-hidrogenio-verde-devem-movimentar-us-12-trilhoes
Petrobras e China Energy formam grupo de trabalho para projetos de energia renovável
A Petrobras disse nesta quinta-feira (4) que irá criar um grupo de trabalho com a China Energy International para analisar oportunidades de negócios conjuntas, com foco em geração de energia renovável e hidrogênio “verde”. Segundo comunicado da estatal, a proposta das empresas é desenvolver oportunidades de negócios em parceria para o segundo semestre de 2023. Para a Petrobras, a parceria reforça a diretriz da nova gestão da estatal brasileira de ampliar investimentos no segmento de energias renováveis, “buscando uma transição energética justa”. “Queremos nos firmar como a maior empresa de energia integrada do Brasil. Temos preços competitivos, bons parceiros, grandes projetos e estamos olhando novas oportunidades de negócios”, disse em nota o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, que se reuniu com o presidente da estatal chinesa, Lyu Zexiang, em Brasília. No encontro, Lyu Zexiang informou que a China Energy International tem um orçamento de US$ 20 bilhões para investimentos fora da China, sendo que importante parte deste montante poderá ser destinada ao Brasil, disse a Petrobras. A China Energy tem buscado explorar áreas como armazenamento de energia e tem projetos e estudos com hidrogênio e amônia verdes. A chinesa opera também na área de saneamento básico e dessalinização em alguns países. O grupo de trabalho entre as empresas será organizado pelo diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim. A composição do grupo será definida nas próximas semanas. Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/economia/petrobras-e-china-energy-formam-grupo-de-trabalho-para-projetos-de-energia-renovavel/
HUB do Hidrogênio Verde: Ceará se torna um dos principais destinos para empresas investirem
O Nordeste do Brasil tem se destacado como uma das regiões mais promissoras para a energia solar no País, com grande potencial de geração de energia limpa e renovável Tendo como marco o primeiro estado a produzir a primeira molécula de Hidrogênio Verde (H2V), o Ceará segue ampliando os horizontes quando se fala de energia limpa. A exemplo disso são os mais de 50 expositores de energia solar, híbrida e eólica presentes no Congresso Intersolar Summit Nordeste que acontece até esta quarta-feira 19. Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), há uma tendência mundial de acelerado crescimento da energia solar. Em 2023, o Brasil alcançou um novo recorde, atingindo 26 gigawatts (GW) de potência instalada proveniente da fonte solar fotovoltaica, que inclui tanto usinas de grande porte como sistemas de geração própria de energia elétrica em telhados, fachadas e pequenos terrenos. O Nordeste do Brasil tem se destacado como uma das regiões mais promissoras para a energia solar no País, com grande potencial de geração de energia limpa e renovável. O Plano Fortaleza 2040, por exemplo, coordenado pelo Instituto de Planejamento de Fortaleza (Iplanfor), aponta que Fortaleza é a 5ª cidade do Brasil em número de sistemas em Geração Distribuída (GD) de energia, sendo uma das pioneiras no Brasil a utilizar fontes renováveis para atender equipamentos e prédios públicos. Para o diretor comercial da BYD Brasil, Marcelo Taborda, a região Nordeste é um grande potencial de ser sede da energia limpa de todo o país. “O primeiro projeto que nós montamos no país, de usina fotovotaica, com mais de 320 mil placas solares instaladas foi no Nordeste, no Rio Grande do Norte. Já a fábrica de veículos se instalou na Bahia. Futuramente, pretendemos investir aqui no Ceará, que é um estado, assim como todos os outros da região, abençoado com sol e vento. Não existe melhor geração de energia limpa do que no Nordeste, os melhores índices estão aqui”, enfatiza Marcelo. A BYD é uma das maiores empresa de energia limpa do mundo, com quase 650 mil funcionários sendo mais de 50 mil engenheiros e pesquisadores. É uma empresa focada em tecnologia considerada a maior fabricante de veículos elétricos e baterias de lítio do mundo. “Em relação aos veículso elétricos, atualmente a BYD possui veículos na faixa de R$ 260 mil e vamos reduzir esses valores com a fabricação nacional, uma vez que não teremos mais o imposto de importação tão alto. Com isso, obviamente, haverá uma popularização dos veículos elétricos e híbridos”, comemora o gestor. Para o diretor geral da TBEA, Antônio Salgueiro, o Ceará é promissor no incentivo de energia fazendo com que se nutra incentivo nas grandes empresas da área. “O estado do Ceará é promissor porque já possui uma visão interessante da energia solar, inclusive dando os benefícios interessantes, como a isenção do ICMS, para produtos que não são fabricados dentro do estado, garantindo que os investimentos aconteçam com mais facilidade. Com esse incentivo, mante-se o ritmo positivo gerando emprego e renda para dentro do Ceará e, efetivamente, com a geração de energia mais localizada, o custo da cadeia na totalidade fica melhor. Hoje eu enxergo o Ceará como um dos estados mais interessados em promover a energia solar desde o tempo da introdução da energia eólica em território cearense”, revela Antônio. Com um parque industrial que compreende 14 unidades de fabricação equipadas com tecnologia de ponta, distribuídos estrategicamente na China e Índia, e 3 unidades de pesquisa e desenvolvimento, a empresa desenvolveu um setor de negócios especializada em tecnologias fotovoltaicas, produzindo desde matéria-prima para módulos fotovoltaicos até soluções Turn-Key de alta tecnologia. PRODUÇÃO DE AÇO EM ALTA NO NORDESTE A ArcelorMittal Brasil, maior produtora de aço do Brasil e líder no mercado global, anunciou que irá se unir à empresa de energia renovável Casa dos Ventos para desenvolver um projeto de energia eólica de 553,5MW na Bahia. Com um investimento total de R$ 4,2 bilhões, o objetivo do projeto é assegurar e descarbonizar parte considerável das necessidades futuras de eletricidade das operações da empresa no Brasil. Em dezembro último, as duas empresas assinaram um pré-contrato com o Complexo do Pecém (CIPP S/A), no Ceará, para a instalação de unidade fabril de produção de hidrogênio e amônia verde com sua primeira fase prevista para iniciar operação em 2026 no Ceará. O projeto, que já vem sendo trabalhado desde 2021, está na fase de licenciamento ambiental e projeto básico para iniciar sua implantação, que será dividida em etapas. Quando em plena capacidade operativa, o empreendimento terá capacidade de até 2.4 GW de eletrólise, produzindo mais de mil toneladas de hidrogênio por dia, possibilitando a entrega 2,2 milhões de toneladas de amônia verde por ano. As empresas Comerc Eficiência e Casa dos Ventos já haviam firmado um Memorando de Entendimento (MOU) com o Governo do Ceará e outro com o próprio Complexo do Pecém (CIPP S/A) para assegurar sua participação no projeto do Hub de H2V do Ceará. De acordo com a ArcelorMittal Brasil, a previsão é que a usina atenda 38% das necessidades totais de eletricidade da empresa no Brasil em 2030. A empresa terá 55% de participação na joint venture, com a Casa dos Ventos detendo os 45% restantes. A transação foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em 12 de abril e será concluída nos próximos 15 dias. Fonte: https://www.opiniaoce.com.br/hub-do-hidrogenio-verde-ceara-se-torna-um-dos-principais-destinos-para-empresas-investirem/
HIDROGÊNIO VERDE: pesquisa aumenta em 50% a eficiência do combustível
Uma equipe de pesquisadores conseguiu otimizar o processo de produção do hidrogênio verde (H2V). O avanço levou a um aumento de 50% da eficiência do combustível. O grupo faz parte do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) da Universidade Federal do ABC (UFABC) e do Centro Internacional de Pesquisas em Energia Renovável, na China. O professor e especialista em engenharia química José Joaquín Linares explica a diferença do processo de produção do hidrogênio verde. “Primeiro, você precisa produzir o hidrogênio através da eletrólise da água, que é um processo que demanda energia. Essa energia vai ser fornecida por uma fonte renovável. Então, resumindo, o hidrogênio verde seria a somatória desses dois elementos: hidrogênio eletrônico mais fontes renováveis”, explica. Já existem diversas tecnologias para a obtenção do combustível limpo. No entanto, a produção do H2V ainda não é competitiva. Um dos principais desafios para torná-la viável em nível comercial é encontrar um material que atue de forma eficiente no processo de eletrólise da água. Foi justamente nesse sentido que os pesquisadores obtiveram sucesso. O grupo desenvolveu uma estratégia para otimizar um dos materiais mais empregados no processo, a hematita, um óxido de ferro muito abundante na Terra. O material otimizado gerou uma corrente elétrica 6,7 vezes maior do que a da hematita convencional. Segundo o especialista em engenharia química, atualmente a contribuição do hidrogênio na matriz energética mundial ainda é pequena. “Praticamente todo o hidrogênio produzido é utilizado com finalidades químicas em processos industriais, como o refino de petróleo, na produção de fertilizantes, em siderúrgicas e na indústria química”, aponta. Mas as projeções da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena) apontam que o setor irá produzir 409 milhões de toneladas por ano em 2050, o que responderá, nos cálculos da entidade, por 12% da demanda global de energia. O Brasil está empenhando esforços para entrar no mapa global de produção de H2V. Na última semana (12), foi instalada a comissão especial para debater as políticas públicas sobre hidrogênio verde. Durante dois anos o grupo deverá debater e avaliar políticas públicas sobre a tecnologia de geração de energia limpa. O grupo, formado por seis senadores, será presidido por Cid Gomes (PDT-CE) e terá como relator Otto Alencar (PSD-BA). Durante a instalação da comissão, o senador Cid Gomes ressaltou a necessidade da criação de um marco legal sobre a tecnologia para trazer segurança para potenciais investidores. “O modelo de negócio e resultados motivam a manutenção de um debate no Congresso Nacional que relacione o modo de desenvolvimento do Brasil com as preocupações globais, não apenas quanto ao acesso a fontes de energia, como também com relação às mudanças climáticas e seus impactos nocivos para o equilíbrio ambiental do planeta”, disse. Para a diretora do projeto Hidrogênio Verde no Brasil (H2Brasil), que integra a Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável, Monica Saraiva, a tecnologia pode gerar muitos empregos para o país. “O Brasil tem um papel muito importante, inclusive a nível global, na produção, no uso local e na exportação do hidrogênio verde e ele pode, sim, se tornar um ator ativo, inclusive agregando valor no setor global do hidrogênio. É uma cadeia que envolve fabricantes de componentes, prestadores de serviços de todos os setores da economia, empresas pequenas, médias e grandes. Então, o potencial de geração de empregos desse setor é fantástico”, afirma. A comissão foi criada em março deste ano pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), com o objetivo de incentivar o uso de hidrogênio verde como fonte de energia no país. “É preciso avaliar políticas públicas e priorizar as propostas em tramitação no Congresso Nacional sobre o tema”, defende. Fonte: Brasil 61
Como o Brasil se prepara para dominar o mercado de hidrogênio verde
O mercado global de hidrogênio verde deve crescer quase 40% ao ano na próxima década, chegando a US$ 60,56 bilhões em 2030 – quase 20 vezes mais que os US$ 3,2 bilhões de hoje –, estima a consultoria americana Grand View Research. Trata-se de uma notícia boa para o mundo todo, uma vez que o hidrogênio verde é produzido a partir de fontes renováveis, como a energia solar e a eólica, que não emitem carbono. E melhor ainda para o Brasil, que tem tudo para se transformar no maior exportador dessa versão sustentável de gás combustível, segundo outra consultoria, a alemã Roland Berger, que prevê um potencial de faturamento anual de R$ 150 bilhões para os produtores instalados no país em 2050 – dois terços dessa receita viriam da exportação. Nordeste à frente A região concentra os principais investimentos em plantas de hidrogênio verde CearáO estado já atraiu quatro projetos para a produção de hidrogênio verde, todos eles sendo tocados na região portuária de Pecém, em São Gonçalo do Amarante. Um deles é da australiana Enegix Energy, que está investindo US$ 5,4 bilhões para produzir 600 mil toneladas por ano. Outro projeto gigante em Pecém, da também australiana Fortescue Future Industries, está orçado em US$ 6 bilhões. Com capacidade para produzir 296 mil toneladas de hidrogênio verde por ano, a fábrica que a francesa Qair Brasil está montando no estado vai custar US$ 6,95 bilhões. O grupo nacional EDP Brasil produz hidrogênio verde no estado desde janeiro. Com capacidade para produzir 250 Nm3/h do gás, a planta custou R$ 42 milhões. BahiaÉ onde fica a planta da brasileira Unigel, que custou US$ 120 milhões e deverá entrar em operação até o fim do ano. Inicialmente, vai produzir 10 mil toneladas por ano. PernambucoA planta da White Martins foi a primeira a produzir hidrogênio verde no país. A unidade tem capacidade para gerar até 156 toneladas do gás a cada ano. A Qair Brasil também anunciou planos de produzir no estado. Rio Grande do SulA Neoenergia firmou parceria com o governo gaúcho para dar início à produção de energia eólica offshore e o desenvolvimento de hidrogênio verde. Nenhum outro detalhe foi divulgado. Rio de JaneiroA planta piloto da Shell Brasil, que deverá ficar pronta em 2025, está sendo construída no Porto do Açu, em São João da Barra. A capacidade produtiva não foi revelada, nem o valor investido. Fonte: https://epocanegocios.globo.com/um-so-planeta/noticia/2023/04/como-o-brasil-se-prepara-para-dominar-o-mercado-de-hidrogenio-verde.ghtml
Comissão do hidrogênio verde aprova plano de trabalho
Fonte: Agência Senado A Comissão Especial sobre Hidrogênio Verde no Brasil aprovou seu plano de trabalho, apresentado na quarta-feira (19) pelo presidente, senador Cid Gomes (PDT-CE). O colegiado fará audiências e visitas externas para avaliar políticas públicas sobre esse recurso natural de energia limpa. Fonte: Agência Senado
Senado cria comissão para discutir políticas sobre hidrogênio verde
O Senado criou nesta terça-feira, 14 de março, uma comissão especial com a finalidade de debater políticas públicas sobre o hidrogênio verde. O comitê busca fomentar o ganho em escala da tecnologia e incentivar políticas sobre o tema. A primeira reunião da comissão ainda não foi agendada. Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, será o relator da comissão especial, enquanto o senador Cid Gomes (PDT-CE) ficará responsável por presidir as reuniões sobre o tema. “O hidrogênio é certamente uma das grandes alternativas para o consumo de gases combustíveis que geram carbono e que, portanto, estão contribuindo para o efeito estufa. O hidrogênio é combustível, mas não gera carbono e, obviamente, a partir do momento em que se instalar a rede no país, poderemos ter alternativa ecologicamente correta”, afirmou Gomes. A comissão especial do hidrogênio verde terá, como membros titulares, os senadores Otto Alencar (PSD-BA), Marcos Pontes (PL-SP), Fernando Dueire (MDB-PE), Luís Carlos Heinze (PP-RS), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Rodrigo Cunha (União-AL). O colegiado terá como suplentes os senadores Ciro Nogueira (PP-PI) e Eduardo Girão (Novo-CE) e, ainda, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA). (Com informações da agência Senado) Mais notícias sobre hidrogênio verde: -Elétricas brasileiras enfrentam dilema ‘ovo ou a galinha’ em projetos de hidrogênio verde. – Redução dos preços de PPAs abre espaço para mercado interno de hidrogênio verde, afirma relatório do Itaú BBA. Link da fonte: https://megawhat.energy/noticias/hidrogenio/149653/senado-cria-comissao-especial-para-discutir-politicas-publicas-sobre-hidrogenio-verdeFonte: MegaWhat
MME e entidades alemãs abrem inscrições para programa de hidrogênio verde
O Ministério de Minas e Energia (MME), em conjunto com o Ministério Federal da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento (BMZ) da Alemanha, a Aliança Brasil-Alemanha pelo Hidrogênio Verde e o Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit GmbH (GIZ), lançaram a terceira edição do programa de inovação em hidrogênio verde iH2Brasil. O programa será destinado a estudantes, pesquisadores, entusiastas e startups com soluções em energias renováveis com uso do hidrogênio verde. Segundo as entidades, o iH2Brasil tem como objetivo fortalecer o ecossistema brasileiro de pesquisa, desenvolvimento e inovação, por meio do apoio a soluções para toda cadeia produtiva do hidrogênio verde. “Nosso foco com o programa, principalmente em 2023, é disseminar o tema hidrogênio verde, para ajudar a educar ainda mais o público sobre o assunto e fomentar, cada vez mais, o mercado brasileiro sobre seus benefícios. Hoje, o que mais buscamos são soluções voltadas à logística de H2V, com abordagem em toda a cadeia de valor”, afirma Bernd dos Santos Mayer, coordenador do Componente Inovação Hidrogênio Verde do projeto H2Brasil. Criado em 2021, o iH2Brasil teve oito startups selecionadas na primeira e segunda edição. Em 2023, serão selecionadas mais oito startups para integrarem o programa. As inscrições para startups serão abertas no dia 20 de março e vai até o dia 27 de abril de 2023, pelo site da H2Verde Brasil. Já os interessados pela inscrição na categoria ‘Entusiastas’ precisarão passar por um Hackaton com 12 horas de duração, entre os dias 28 e 30 de março, para apresentar soluções que impactam a sociedade e o mercado de energia sustentável. Todos serão avaliados por uma banca de jurados. Link da fonte: https://megawhat.energy/noticias/hidrogenio/149654/mme-e-entidades-alemas-abrem-inscricoes-para-programa-de-desenvolvimento-do-hidrogenio-verdeFonte: MegaWhat